Crítica do filme: Emerald Fennell lança jovem promissor em ousado e chocante ‘Saltburn’

Crítica do filme: Emerald Fennell lança jovem promissor em ousado e chocante ‘Saltburn’

O último filme de Emerald Fennell

Há dois anos, Emerald Fennell subiu ao palco do Oscar segurando seu troféu de escrita por “Jovem Promissora”, um olhar mordaz sobre a cultura do estupro e um tour de force de inteligência, estilo, valor de choque, atrevimento, ótima atuação e humor negro – adicionado a uma mensagem #MeToo oportuna. Chega de um filme de estreia, e nem mencionamos a indicação de Melhor Diretor. Não é novidade que a expectativa tem sido grande para o próximo esforço da roteirista e diretora (como atriz, ela já deslumbrou este ano em um pequeno filme chamado “Barbie”, no papel sombrio da grávida e abandonada Midge).

Agora “Saltburn” está aqui, e os resultados são tentadores, mas distintamente mistos – talvez porque Fennell pareça estar tentando se superar apostando no valor do choque, em detrimento final de outros elementos narrativos.

A decepção do filme

Não se engane, a escrita inteligente está presente, assim como o estilo, a técnica cuidadosa e algumas atuações excepcionais (Rosamund Pike é particularmente encantadora em um papel coadjuvante). O que falta, ou está confuso, é a mensagem – e talvez ainda mais, o coração. Depois de duas horas de tensão e emoções confusas, admiramos o “como” do que ela faz, mas ainda procuramos o “porquê”.

Elementos-chave da história

Uma coisa que não falta: beleza. Não é novidade que Fennell se destaca pelos valores de produção luxuosos, apresentando o atraente e um tanto debochado Saltburn – não, isso não é uma pessoa, mas uma mansão de campo! Esta é a Inglaterra e uma história sobre dinâmica de classe, por isso faz sentido que a estrela seja o setor imobiliário.

Começamos, porém, em Oxford. Aqui conhecemos nosso personagem principal, Oliver Quick. Estamos em 2006 e Oliver (Barry Keoghan, sempre cativante e imprevisível) é um calouro bolsista, sentindo-se fora de seu alcance. Durante seu primeiro tutorial, ele anuncia que leu todos os 50 livros da lista de leitura de verão. Seu divertido professor lhe diz que ninguém faz isso.

Oliver logo descobre que a vida em Oxford não é sobre o que você lê, mas sobre quem você conhece. No salão estilo Hogwarts, ele luta para encontrar alguém com quem sentar – apenas um estudante de matemática implorando. Ele não tem nenhuma ligação terrena com o resto da população estudantil privilegiada e arrogante (e, em alguns casos, nobre), mas deseja se encaixar.

As voltas e reviravoltas

Como um labirinto de jardim, talvez? Como qualquer casa de campo espetacular e imponente, Saltburn tem uma, onde acontece uma ação fundamental. De forma mais ampla, porém, o labirinto parece simbolizar o efeito deste filme: bonito, sedutor, desafiador, ameaçador e, em última análise, desconcertante.

Fonte: www.newsday.com

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Sylvain Métral

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